quinta-feira, 11 de julho de 2013

Um Novo Jeito de Ver o Mundo

"Nunca nos esquecemos das coisas, apenas nos deixamos de lembrar delas"

A Viagem de Chihiro é um filme de animação japonês, lançado em 2001, dirigido pelo grande Hayao Miyazaki e produzido pelo aclamado Studio Ghibli. O filme ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlin em 2002 e o Oscar de Melhor Animação em 2003.

A história tem como personagem principal, obviamente, Chihiro Ogino. A família da menina de apenas dez anos estava de mudança no início do filme. O que deixa a pequena chateada por ter que deixar seus amigos e lembranças para trás.
Chegando à cidade em que iriam passar a morar, o pai de Chihiro decide pegar um "atalho" e acabam parando na frente de uma construção antiga que possui um túnel. Os pais da pequena menina, curiosos, decidem explorar o local, já que demoraria para o caminhão de mudança chegar na nova casa deles. Então os três entram na construção, mesmo Chihiro estando com medo.
Do outro lado eles encontram uma cidade estranhamente deserta. E, atraídos pelo cheiro, os pais de Chihiro avistam uma barraca, numa espécie de mercado popular, cheia de comidas suculentas. E mesmo sem ninguém lá, eles começam a devorar a comida, dizendo que pagariam quando o dono da barraca voltasse.
Chihiro deixa seus pais de lado para explorar o resto do lugar, até que chega em uma ponte, onde encontra Haku, um menino misterioso, que a alerta e diz para ela sair da cidade antes que anoiteça. Seguindo o aviso do menino, Chihiro volta correndo para onde os pais estavam. Mas quando chega no local, encontra seus pais transformados em porcos. Dois porcos que continuavam devorando toda a comida que viam pela frente.
Apavorada, Chihiro se vê num mundo repleto de espíritos, monstros e deuses. Mas a pequena recebe ajuda de Haku, que a leva até Yubaba, uma bruxa egoísta, que é dona de uma casa de banho. Haku sugere que a pequena de dez anos peça para trabalhar nessa casa de banho.
Yubaba, então, revela à Chihiro que todos os humanos que entram em seus domínios são transformados em animais e devorados, a menos que provem o seu valor no trabalho. A pequena, a fim de salvar seus pais e a si mesma, assina um contrato com a bruxa e renuncia sua humanidade, tendo que mudar seu nome para Sen. E enquanto trabalha, terá que dar um jeito de recuperar suas lembranças, salvar seus pais e sair da cidade.
A pequenina recebe ajuda de Haku, Kamaji e Lin à se habituar com esse novo mundo onde ela foi parar.
Nessa sua aventura inesperada, Chihiro encontra com vários personagens que acabam acompanhando ela em alguns pedaços da história, como Boh, filho de Yubaba que é transformado em rato pela irmã gêmea da mesma, e o Sem Rosto, um deus sem personalidade própria, age de acordo com o ambiente onde vive. Inclusive, queria colocar um ponto aqui. Muitas pessoas se confundem quando pensam no Sem Rosto. As pessoas o vêem como ruim e acham que ele tenta enganar Chihiro, mas ele apenas ajuda e é carinhosos com Chihiro. Isso porque ela foi assim com ele primeiro. Ele trata as pessoas do jeito que é tratado.

Não posso me aprofundar nessa história, pois ficaria dias falando desse filme magnífico que todo ser deveria ver várias vezes na vida. E estou com medo de acabar escrevendo algum spoiler também. Hahaha.
Enfim, esse é um filme perfeito pra quem gosta de cinema, independente de idade ou sexo. Nele não possui nenhuma lição de moral explicita, mas faz com que queiramos ser melhores, como Chihiro.

"Chihiro é, de início, uma retratação da criança moderna - muitas vezes mimada, indolente e que pouco sabe aproveitar a infância. Miyazaki a insere num belo mundo de imaginação e aventura para ensinar as crianças de hoje a ver tudo com novos olhos. Lindo!" - Heitor Romero, membro da equipe do Cineplayers.

Nota da equipe do Cineplayers : 8,2

Minha nota: 10,0



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